domingo, 21 de junho de 2009

Cultura

Cultura (do latim cultura, cultivar o solo, cuidar) é um conceito desenvolvido inicialmente pelo antropólogo Edward Burnett Tylor para designar o todo complexo e metabiológico criado pelo homem [1]. São práticas e ações sociais que seguem um padrão determinado no espaço. Se refere a crenças, comportamentos, valores, instituições, regras morais que permeiam e identifica uma sociedade. Explica e dá sentido a cosmologia social, é a identidade própria de um grupo humano em um território e num determinado período.


Bom, há uns dias um professor do meu cursinho resolveu criticar um gênero musical que, obviamente, não o agrada muito, e aí eu comecei a pensar ( haha ) como os gostos variam – ainda bem – e como é da “natureza” do ser humano criticar tudo que não o convém, que não faz parte do seu ciclo. É aí que entra a cultura. E como cultura, não podemos criticar, pq é uma grandeza “adimensional”, não tem unidade de medida. Cada sociedade possui um tipo de costumes e crenças e não devemos de forma alguma criticá-los, mesmo que não concordemos com eles. Hipoteticamente, digamos que uma pessoa odeie “forró” e aprecie outros tipos totalmente opostos. Essas pessoas – com exceções, claro – tendem a criticar a letra, o ritmo, o ambiente, tudo que envolve a música. Esse raciocínio tende a se unir com outra concepção, sobre a influência do meio na vida de uma pessoa; como já dizia Rousseau: “o homem nasce bom e a sociedade o corrompe”. Isso explica quase todo comportamento humano, até porque muitos homens-bomba entregam suas vidas em nome de uma religião. Tudo isso está inserido na cultura, no meio de um povo. Se você foi criado em um ambiente que estimula esta prática, nada mais natural se adaptar e fazer parte dela. Você nasce, cresce e passa parte da vida num local com certos costumes, e quando descobre que o resto do mundo se opõe você acredita que eles que estão errados. Quando nossa visão é limitada queremos inserir tudo na nossa forma de pensar, o que não é coerente, considerando as 6 bilhões de pessoas no mundo com 6 bilhões formas de pensar. Nós, por exemplo, que temos um ideal antagônico em relação à tal ato ( suícidio por “justa causa” ) achamos aquilo absurdo. Veja: não estou fazendo apologia à nenhum tipo de suicídio, mas sim tentando entender pq existem pessoas assim e pq elas não se acham erradas. Não temos nenhum direito de tirar a vida, não importa o que essa pessoa fez. Temos o direito de castigá-la, de puni-la. Devemos saber distinguir de forma inteligente a tênue linha que une a cultura à loucura.E aí você me pergunta: mas não é loucura tirar a vida de alguém só pq vc acredita verdadeiramente que esse é o certo? Não cabe a mim responder essa pergunta, pois o q defendo não é a ação e sim a interferência de um ambiente repleto dessas ações na vida de uma pessoa, até pq se um homem bomba decide se matar é pq ele não concorda com outra cultura, e é justamente nesse ponto que quero chegar. Num mundo globalizado, “totalmente” ligado, e o homem como um ser social, a homogeinização parcial tem de estar presente, mas sem que um povo perca sua identidade. Refiro-me a homogeinização parcial como uma forma de saber mais sobre algo e respeitar e não de tornar tudo igual. Acho q isso resolveria boa parte dos problemas atuais ( pode até ser ingenuidade minha pensar assim, mas se for preciso de um pouco de ingenuidade para amenizar grandes problemas... que seja. )

4 comentários:

  1. aaaaaah neném escritora ! curti demais :)

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  2. "Acho q isso resolveria boa parte dos problemas atuais ( pode até ser ingenuidade minha pensar assim, mas se for preciso de um pouco de ingenuidade para amenizar grandes problemas... que seja. )" (Miss Tailles)

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