terça-feira, 20 de julho de 2010

Caminhos

Andando por aí, atrás de um suporte, porque não queria ajuda integral, só uma coisa que sustentasse por um período pré-estabelecido. Achado o suporte, pensou: como a gente muda. Antes queria eternidade, mas vem a vida, decepciona, então procura por algo efêmero mas intenso, prova, não quer mais. E agora ? Eternidade, de novo ? Ciclo ? Reta ? Que fazer ? Por que tem de haver definição prévia ? Um foco a se seguir, um ponto ( de preferência lá na frente ). Posso escolher não ter um ? Posso caminhar sem optar ? Posso, por favor ? Por enquanto, pelo menos, acho melhor não definir nada, deixa assim, que as coisas se encaminham naturalmente, pois a não-escolha também é uma, de fato.

Agorinha

É que eu não caibo em mim mesma, e olha que não me acho tão grande assim – internamente. Aí eu vi porque errava: eu procurava em outras pessoas um espacinho vazio pra preencher de mim. Eu não posso procurar por essas pessoas e tentar preenchê-las, porque não seria uma troca. Não que eu viva de trocas, que tudo dependa de uma troca, mas eu não cresceria, e, cá entre nós, eu sou egoísta nesse ponto. Quero crescer, acrescentar, somar. Então eu vi que tinha de achar pessoas que não coubessem nelas mesmas, pois estas estariam buscando alguém para despejar, também, o excesso que se tem, e quando se têm pessoas com excessos e sem espaços, não tem saída a não ser retirar o dispensável – e sempre se retira mais que o necessário – e aí se completa: com o outro, em partes iguais, e crescem, juntos, e tudo fica certo, ou errado, não importa, mas é uma troca, de experiência, palavras, não importa.