sábado, 7 de maio de 2011

De mim, para mim mesma

Oi,
Sei que andei sumida (muito), mas é que eu tava de saco cheio da fase que eu tava passando. Ficava relendo meu blog e só tinha romance, dramas, e de drama já basta minha vida. Enfim, eu até fiquei com vontade de escrever algo nesse meio tempo, mas a preguiça tomou conta do meu ser, até que eu achei um blog INCRÍVEL (não que a escrita seja maravilhosa, apesar de ser) sobre a vida dramática de uma pessoa de 27 anos. Me impressionei com a capacidade que eu tive de compartilhar seus sofrimentos, de sentir um ódio sobre algo errado que ocorreu com ela, ou de ficar triste porque ela também estava. Sério. Eu vivi a vida (desculpem o pleonasmo) daquela pessoa. Não que eu tenha passado pelo que ela passou, mas eu entrei e me fiz daquela pessoa, eu realmente fui ela enquanto estava lendo. E sofri. Ontem, no churrasco da sala, a gente tava comentando sobre como algumas pessoas são felizes com tão pouco e blá-blá-blá, não gosto de comentar sobre essas coisas porque passa uma imagem de demagoga, apesar de não ser, enfim, acho que cada um tem que ter consciência e fazer o bem, mas sem querer dar uma de filósofo pra multidão.
Pois é, voltando a pessoa do blog, p****, ela quer tão pouco. E ela expõe tudo, simples, tão aberto. Ainda não cheguei nessa coragem de oferecer minha vida de bandeja pras pessoas desconhecidas (sei que quase ninguém lê isso aqui, ainda mais agora que sumi um certo tempo) mas sei lá, às vezes trato a internet como um ser vivo, como se tudo que eu escrevesse ou compartilhasse fosse imediatamente assimilado por todos e pudesse ser usado contra mim em algum momento inesperado.
Então, este texto foi mais algo sobre a incompatibilidade com a vida que algumas pessoas tem, sei lá, não tem nada definido. Coisas boas acontecem às pessoas boas e ruins. Não sei que tipo de punição em vida pode acontecer, não sei se lá dentro, bem no fundo, existe algum peso moral em quem, definitivamente, não exterioriza moral alguma. É a vida. Deve ser triste pra alguém que é inofensivo ter de carregar toda a carga do mundo nos ombros, (clichê) porque embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.Reflexão do dia:
Passei a assistir a minha vida, e não a vivê-la, no momento em que vivi e soube que não teria nada – pela pessoa do blog.

E mais:
Os fatos mínimos me ferem como CATÁSTROFES - PESSOA, Fernando.

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