sexta-feira, 21 de agosto de 2009

quero ser feliz...

...ao menos.

Às vezes a gente se acomoda demais à alguma situação, sempre pensando: "um dia melhoro, um dia melhoro" e chega um dia que a gente descobre que nunca vai chegar esse dia, e aí a gente vê que não vai melhorar, e que mesmo se quisesse melhorar não ia mais ter a chance de melhorar. "Dizem que não há nada com que você não se acostume", e você se acostuma a adiar planos, e o comodismo é tão doce e envolvente que é bem provável que o absorva, e aí busca-se uma saída, uma brechinha, como se estivesse num túnel com água até o topo e uma mínima linha horizontal de 8 centímetros de ar; você tem de ficar com a cabeça inclinada tentando deixar só a boca pra fora, mas vez ou outra você engole um pouco d'água; você fica e tenta e resiste por um determinado período, mas depois aquilo te consome de uma forma que não vale a pena lutar por mais 3 horas ou 5 segundos. E é assim mesmo que acontece: quando pressionado você quer voltar atrás, e tenta, mas chega a um ponto que você sabe que isso só vai durar mais 1 mês ou 1 dia. E aí vem o arrependimento, que é uma das piores sensações que alguém pode ter, a certeza de que você não foi suficiente para algo, que foi pouco. E o pior é quando você sabe que pode, que é suficiente, mas que não demonstrou como deveria. Se a gente soubesse antes que um pouco de esforço a mais mudaria tanta coisa... Mas quando se depara, diz: Como que eu deixei chegar nisso ? Consoante o tempo passa, percebemos que apesar das falhas sempre vem o bônus: experiência, sabedoria, prática, e aí não se lamenta mais por aquilo que passou. Às vezes até se agradece pelo que aconteceu: afinal, só podemos equiparar algo se tivermos mais de uma unidade, então temos de ter mais de uma delas de experiência. Eu tinha um final legal mas a Melissa me roubou quando entrou no meu quarto pra conversar.


PS: por favor, não tentem tirar conclusões pq duvido muito que alguém entenda, aliás, tirem-nas, mas esqueçam-nas tão breve quanto.

5 comentários:

  1. è o mal da idade. Só notamos a estupidez que fizemos com nossas vidas quando já se passou um bom tempo. Mas há os que notam. Pior são os que nem notam e vivem uma vida inteira perdida. Mas quando você se toca, não importa a idade desde que você comece a tentar mudar.
    O comodismo é o fracaço... Mas "fracaço" está errado gramaticalmente, mas já escrevi... Deu preguiça. Em todo caso, use da sabedoria e da razão. NO FEAR!... Sinceramente esse teu sistema de comentário é um pé no saco!

    ResponderExcluir
  2. eu precisava ler um texto que disesse exatamente isso e exatamente agora. Não vou te dizer que mudou minha vida ou clareou as idéias, eu só precisava ler mesmo, então obrigada Mi :*

    ResponderExcluir
  3. milens, acredite, realmente certas coisas agente não precisa entender, mais se identificar é fácil demais! dificil encontrar quem nunca passou por isso. mais o interessante, é que até hoje, nunca vi ninguém parar pra escrever em relação a tal assunto. belo post, simples, e verdadeiro. Parabéns, Parente!

    ResponderExcluir
  4. Neném, não vou mais elogiar você, isso soa bem p/ quem é amador, você já escritora! A mais nova, cheirosa e lindinha escritora da geração Miss Tailles.

    : D

    ResponderExcluir
  5. essa princesa escreve muito bem, como pode ?
    texto incomum, e essencialmente sincero e tão teu ..

    saudades (L)

    ResponderExcluir